UM TEXTO (descontínuo)
Como os meus leitores ainda estarão recordados, as maravilhas das novas tecnologias deixaram o último texto pendurado, pelo que hoje deveria dar-lhe a continuação de modo a concluí-lo. No entanto, porque a versão electrónica apresentada não é mais do que um conjunto de gatafunhos pouco acima do ilegível, porque, contrariamente ao que era anunciado, recebi vários reportes de que não se conseguia aumentar aquele texto, apesar de seguirem as instruções apresentadas pelo gestor do blog (a não ser que a grande maioria dos computadores já necessite de reforma) e ainda porque tal dificuldade em aceder satisfatoriamente ao texto da pretérita 6.ª feira não permite recordar o que escrevi, entendi não o concluir mas, atendendo a que tal texto estava praticamente terminado, lanço, aqui e agora, um desafio aos leitores para imaginarem a conclusão e, se assim o entenderem, partilhá-la com todos os que espreitam o blog.
Anda toda a gente preocupada com o tempo que ultimamente se tem feito sentir um pouco por todo o país. São as rádios, as televisões, os jornais, os sítios noticiosos que, numa quase paranóia colectiva, não se cansam de constantemente nos bombardear com previsões de mau tempo e com os alertas coloridos que a Protecção Civil vai lançando, quase dando a ideia que o Inverno deveria ser uma estação em que o sol teria de brilhar das 00H00 às 24H00, de modo a que o pessoal pudesse andar por aí em t-shirt, calções e chinelas de dedo e passasse o tempo de papo para o ar numa praia perto de si. Parece que se esqueceram que o Inverno é a estação das chuvas, do frio, do vento, da neve. E na sua normalidade, tem tantos encantos como qualquer outra das estações do ano. Necessário se torna, no entanto, estar atentos, para descobrir o quão maravilhoso pode ser esta época. Para ajudar os meus leitores a entrarem na magia de um dia de chuva, que, no entanto, tanto pode ocorrer no Inverno como em qualquer outra estação do ano, permito-me partilhar um poema de Ruy Belo. Saboreiem-no e aproveitem estes dias chuvosos e o que eles podem ter de encantador.
Anda toda a gente preocupada com o tempo que ultimamente se tem feito sentir um pouco por todo o país. São as rádios, as televisões, os jornais, os sítios noticiosos que, numa quase paranóia colectiva, não se cansam de constantemente nos bombardear com previsões de mau tempo e com os alertas coloridos que a Protecção Civil vai lançando, quase dando a ideia que o Inverno deveria ser uma estação em que o sol teria de brilhar das 00H00 às 24H00, de modo a que o pessoal pudesse andar por aí em t-shirt, calções e chinelas de dedo e passasse o tempo de papo para o ar numa praia perto de si. Parece que se esqueceram que o Inverno é a estação das chuvas, do frio, do vento, da neve. E na sua normalidade, tem tantos encantos como qualquer outra das estações do ano. Necessário se torna, no entanto, estar atentos, para descobrir o quão maravilhoso pode ser esta época. Para ajudar os meus leitores a entrarem na magia de um dia de chuva, que, no entanto, tanto pode ocorrer no Inverno como em qualquer outra estação do ano, permito-me partilhar um poema de Ruy Belo. Saboreiem-no e aproveitem estes dias chuvosos e o que eles podem ter de encantador.
“AH! A MÚSICA
Quem terá deixado esquecida
esta música ouvida num canto da rua?
Ninguém de quem passa nela repara no entanto – é ela – faltava
no dia de chuva
No meu dia de chuva?
Meu seria decerto este dia
pois por mais precário que eu seja
nenhuma chuva fora podia
cair se acaso em mim não caísse.
Cai chuva e há música em meu coração
Era mera ilusão o dia de chuva.” [1]
Bancada central:
Tipo 1: Viste por aí uma cedilha?
Tipo 2: Não. Porque perguntas?
Tipo 1: Porque ando à caca dela!
(Alcochete, junto ao freeport, um dia qualquer do mês)
[1] Ruy Belo, Todos os Poemas, in Poemário Assírio & Alvim, 2009, 06 de Fevereiro
@Kar Luz Estrela
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