20/03/09

Será Final...

QUER FLOR?

Leram-se durante a semana os mais diversos comentários, bastante críticos, à exibição do Glorioso no último jogo da Liga Sagres contra o Vitória Futebol Clube (de Guimarães), apontando todos num só sentido: Quique já está a abusar da sorte e o seu estado de graça estará a entrar em desgraça.
O cronista esteve no Estádio da Luz no pretérito sábado e reconhece que o SLB não jogou o suficiente para ganhar, mas também não jogou assim tão mal que merecesse perder. De facto, embora o jogo durante a 1.ª parte tenha sido pouco emotivo, o que até se compreende devido ao estado crítico em que está o país, mergulhado numa crise económica bastante grave, pelo que os jogadores acabam por correr menos para não gastarem muitas calorias, já a 2.ª parte teve um pouco mais de futebol, concretamente, mais dois minutos, pois enquanto na 1.ª parte o árbitro concedeu 2 minutos de compensação, na 2.ª parte deu 4 minutos.
O jogo revelou também um adversário, a quem acabou por sorrir a vitória, mas que apenas tinha a intenção firme de não perder no Estádio da Luz. Daí o tempo que foi queimando nas reposições de bolas em jogo e nas simulações de lesões, de modo a adiar ao máximo o que parecia inevitável: a vitória do Glorioso. No entanto, num lance fortuito, com muita felicidade à mistura e alguma miopia do árbitro assistente (mais uma equipa de arbitragem da Associação de Futebol do Porto a apitar jogos do SLB! Estranho!...), lá conseguiu marcar um golito, não tendo o Glorioso engenho e arte para dar uma alegria aos mais de 47.000 espectadores que estavam no estádio a acompanhar e apoiar a equipa, que bem precisa de todo o apoio.
Reconheço que se terá visto alguma descoordenação (motora?) nos jogadores, pelo menos do meio campo para a frente, não falando de alguma inadaptação daquele lateral esquerdo alto e guedelhudo que o Derlei e companhia tanto apreciaram no último dérbi, ficando ainda no ar a ideia de que a bola trocada de pé para pé pelos jogadores do Glorioso não cheira mais de três pés. Será necessário trocar de meias ou aplicar algum produto mais bem cheiroso nos pés dos nossos Gloriosos jogadores para que essas referidas trocas de bola, o ‘meinho’ como lhe chamam os entendidos, sejam mais eficazes?
O Cardozo foi substituído e ouviu-se o descontentamento dos adeptos que, os jornais desportivos logo associaram àquela incidência do jogo. Puro engano! Os assobios que se ouviram eram dirigidos ao espectador a quem, durante um sorteio realizado no intervalo do jogo, calharam 10.000 € em barras de ouro, mas, por não ser sócio do SLB nem ter o cartão de crédito da CGD, não as iria receber. Questionaram-se por isso os espectadores se o tal fulano seria algum adepto do outro lado da 2.ª circular já a tirar notas para tentar perceber quem irá arrecadar o caneco da Carlsberg e assobiaram-no!
É certo que o resultado foi o melhor para o Guimarães, que já há uns jogos que não vencia o SLB, e não foi bom para o Glorioso que está agora a 5 pontos dos do Porto, uma distância já considerável, atendendo a que só faltam disputar 8 jornadas. No entanto, partilho a crença do nosso Maestro, pelo que enquanto for matematicamente possível, acredito que ainda podemos vencer a Super Liga nesta época 2008/2009.
Uma palavra ainda para o Quique, que muitos não percebem por que motivo, estando há 8 meses no nosso país, ainda fala espanhol. Antes de mais, não se aprende a falar uma nova língua de um dia para o outro. Além disso, o português é dos idiomas falados um dos mais difíceis e se não se domina bem mais vale não dizer nada, pois ‘o português é uma língua muito traiçoeira’! E, por fim, convém não esquecer que cerca de metade dos jogadores da equipa que tem sido mais titular (Aimar, Reyes, Di Maria, Cardozo e Maxi Pereira) fala espanhol. Continue pois o Quique a oferecer flores em espanhol, sempre é mais perceptível que os “qué frô” marroquinos que diariamente invadem a cidade.
Quanto ao caneco que vamos disputar amanhã, 21 de Março, claro que é para ganhar, nem que seja por meio a zero! Se, por qualquer percalço, tal no entanto não suceder, quem ficará a perder será a cervejeira, pois deixará de vender uns bons litros já que é sempre mais apetecível e mais propenso ao consumo comemorar uma vitória do que chorar uma derrota!

Bola para a bancada:
Quando a mãe foi a casa da vizinha buscar um ramo de salsa, disse:
- Luís, põe um olho na sopa!
E o Luís (de Camões) obedeceu.
A partir desse dia, Luís (de Camões) passou a andar com uma pala no olho!



(Já no Algarve, 19 de Março de 2009)
@Kar Luz Estrela

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