24/04/09

E O BENFICA?...


(III PARTE)


Motivos de ordem pessoal originaram que a última crónica não tivesse sido entregue ao editor na data aprazada perdendo, desse modo, alguma actualidade, embora não a sua realidade. Pelo facto me penitencio perante aqueles que ainda têm paciência para consumir algum tempo a espreitar este blog e o que nele se vai editando. Claro que o mais interessante são as ligações à actualidade informativa do ainda glorioso, passando estas crónicas para um mero pretexto de ocupação de espaço.
Fazendo uma pequena retrospectiva do que já por aqui está escrito (e com esta já é a 30.ª crónica, número que nunca pensara atingir), reconheço que nem sempre o articulado terá correspondido ao desejado (não associar ao D. Sebastião, p.f.). Muita parra e pouco sumo encarnado têm transparecido, culpa, certamente, de mais uma época futebolística que vai de novo ficar aquém das expectativas sempre altas que se vão gerando durante os meses de Junho a Agosto. E culpa de quem? Antes de mais, da equipa de futebol profissional, dos técnicos e dos dirigentes. Mas também não estão isentas de responsabilidade no descalabro classificativo actual algumas arbitragens tendenciosas (assim de repente estou a lembrar-me dos jogos na catedral contra o V. Setúbal, o Nacional da Madeira e a Académica e ainda do jogo no dragão, pelejas em que fomos altamente prejudicados, tendo como contraponto apenas termos sido algo beneficiados no jogo caseiro contra o Braga). E perante tantos e tão graves atropelos à verdade desportiva, qual foi a reacção dos nossos dirigentes? Pouco mais que uma confrangedora pobreza franciscana (não confundir com a do Padre Vítor Melícias que vale 7.500 euros mensais!). Necessário se impunha, em tais situações, que o SLB tivesse, de uma forma clara e inequívoca, e em sede própria, manifestado a sua indignação por ter sido escandalosamente escamoteado naqueles jogos e noutros que o cronista agora não recorda (com a idade a memória fenece!).
Questiona-se o cronista como, tendo o SLB um director de comunicação conceituadíssimo, os comunicados que vão sendo emitidos são pouco mais que incipientes e de uma indigência confrangedora. Temos de ser incisivos e contundentes na razão que nos assiste, sempre que somos prejudicados, roubados, espezinhados e vilipendiados.
Não queremos guerra. Mas exigimos uma resposta firme e atenta contra as manobras de bastidores que a Liga e os seus correligionários estão constantemente a fazer contra o SLB. Não pretendo afirmar para já e taxativamente que o SLB é o Clube a abater pela Liga, tanto mais que tem sido o que maior contributo tem prestado no enchimento dos cofres daquele organismo que (in)gere o futebol nacional com as multas constantes de que é alvo, mas é por demais evidente que é o que dá a entender.
O SLB não pode continuar a pactuar com todos aqueles (e são muitos) que só perseguem um objectivo: destruí-lo! Para que esses abutres não consigam os seus intentos, imperioso se torna:
1. Uma direcção forte e solidária.
2. Blindagem do balneário.
3. Um director desportivo que faça a ponte entre a direcção e o balneário.
4. Uma política de comunicação que só apresente factos e casos concretos, incidindo de modo especial nas situações de claro e objectivo prejuízo para o SLB. Neste aspecto é ainda mister terminar com a desinformação que alimenta os jornais desportivos nacionais, que não podem continuar a sobreviver apenas à custa do SLB e das transacções diárias de jogadores que se vão propagandeando no ainda glorioso.
5. Uma equipa de futebol que jogue por amor à camisola. Para isso, além de lançar cada vez em maior número jogadores oriundos da formação, necessário se torna também controlar eficazmente os jogadores da equipa principal, de modo a que percebam que vestir a camisola do glorioso é motivo de orgulho que não se compadece com noitadas constantes pelos bares e outros estabelecimentos similares da capital e arredores.
6. Fazer do Centro de Estágio a casa dos jogadores do SLB.
Estes são apenas alguns pontos mas, na opinião do cronista, essenciais para que o SLB volte a ser o clube que conhecemos em gloriosas décadas passadas e queremos voltar a ver nos estádios nacionais e por esse mundo fora, orgulhoso da camisola que enverga e da história que o fez grande entre os maiores.
Havemos de voltar a reflectir sobre esta temática!

Obs.:
O SLB ganhou o último jogo, contra as previsões de muita gente avalizada, quando começou a pressionar o adversário à saída da sua área, exercendo a chamada ‘pressão alta’. É difícil perceber que esta é a forma mais eficaz para levar de vencida a maior parte dos adversários da Liga Sagres? Para o cronista não é. Difícil é perceber porque não jogaram assim a maior parte das vezes!...



(Aqui e agora, 24 de Abril de 2009)
@Kar Luz Estrela

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