29/04/09

Kar Luz Estrela... Sem Assunto


O Dia da Mãe (que não de qualquer árbitro), o 1º de Maio (dia não comemorado por muitos jogadores), o castigo do Rui Costa e o artigo do Kar Luz Estrela na ordem do dia.

A tempo e horas, sem crises ou gripes. Sem fallhas.

Kar Luz Estrela no seu melhor. Cá vai

SEM ASSUNTO

Hoje não tenho assunto. O Glorioso ganhou (embora na 2.ª parte parecesse que um rapaz de nome Rui Costa, mas que não tem nada a ver com o nosso querido e bem amado Rui, teria apostado em que não se conseguisse tal desiderato) e os outros também ganharam. Ainda se reacenderam algumas esperanças com o golão do Estrela mas o levezinho logo tratou de as apagar. O título é pouco mais que uma miragem e o segundo lugar de acesso à pré-liga dos milhões já começa a ser visto por um canudo. Esta é a realidade e não vale a pena andar a escamoteá-la e camuflá-la com declarações oportunistas, que em nada contribuem para o engrandecimento do Glorioso, pelo contrário, são oportunidades perdidas em que o melhor e mais proveitoso seria ficar calado!
Por isso, e repetindo-me, hoje não tenho assunto.
Poderia, a exemplo de escritos anteriores, brindar os meus estóicos leitores com um texto completamente fora de contexto, com alguma citação de um autor célebre ou celebrizado, plagiar o que ainda de útil se vai escrevendo ou, quiçá, reproduzir o que, ao longo das leituras correntes da imprensa diária ou semanal, de mais interessante ou fora do comum se vai publicando. Mas nada me ocorre com importância suficiente para partilhar com quem lê estas pseudo crónicas. Ainda pensei esperar pelas Aspirinas já há tanto tempo anunciadas e nunca concretizadas, quase fazendo lembrar as equipas maravilha das últimas quatro épocas do Glorioso que o melhor que têm conseguido é um honroso (?) terceiro lugar! Mas também elas devem estar com falta de inspiração ou sem assunto e a sua estreia parece adiada sine die.
Poderia também escrever, por exemplo, sobre a criatividade que todos os dias se vai descobrindo na arca de Fernando Pessoa, ou fazer uma análise crítica à última viagem do José Saramago (que, como os meus leitores bem estão recordados, foi de elefante até Roma), ou ainda comentar em voz suave e não gritada o excelente livro que a excelsa escritora pré-candidata ao Nobel, Júlia Pinheiro, acabou de dar à estampa.
Também poderia comentar o surto de gripe suína que acabou de se manifestar nos seres humanos, a começar nos mexicanos (coitados, como se já não bastasse terem sido colonizados pelos espanhóis e terem de partilhar uma fronteira de milhares de quilómetros com os gringos, ainda têm agora de levar com esta gripe), ou dos casos que a justiça portuguesa tem resolvido (estou a lembrar-me de casos recentes como a Casa Pia e o Freeport, mas não esquecendo o caso Melancia, o Aquarparque, a queda da ponte de Entre-Os-Rios, entre outros tristemente célebres, ou ainda, e olhando para a área desportiva, o Apito Dourado), de tal forma que só falta a aprovação formal para ser inscrita no Guiness como a justiça mais célere do mundo, ou até a crise mundial que está para durar. Mas também não tenho engenho nem arte para tal, pois a crise, até a da falta de assunto, quando chega é para permanecer por muito tempo.
Também poderia falar de amor e ódio, de união e separação, de como se sentir feliz com 480 euros mensais tendo mulher e dois filhos para sustentar, prestação da casa e do carro para pagar e um crédito da Cofidis de 500 euros que já se anda a pagar há 3 anos mas que ainda permanece nos 600 euros de dívida. Mas se esta é uma realidade para milhares e milhares de portugueses, para quê continuar a insistir no que todos vêm (menos os cegos, leia-se alguns dirigentes deste ainda belo país à beira-mar implantado), pois tal apenas agravaria ainda mais a revolta e a impotência que se vai sentindo naqueles que hoje em dia ainda vão sobrevivendo mas apenas ligeiramente acima do limiar da pobreza.
Poderia até escrevinhar qualquer coisa sem nexo, apenas deixando os dedos correr pelas teclas sem qualquer interferência do cérebro, de modo a dar corpo a textos com títulos como “Kafka e a Estratégia Milenar de Construção de Teias de Aranha”, por exemplo, embora Kafka esteja mais relacionado com “misteriosos insectos” (a este propósito, ver “A Metamorfose”), ou “Galileu e a Lógica Infinitesimal Aplicada ao Movimento das Asas das Gaivotas”, ou ainda “Capitães de Abril e Capitães de Maio: um Mês de Diferença.” Mas estariam os meus dedos dispostos a aprofundar uma matéria tão vasta e assuntos tão transcendentes? Duvido.
Entretanto e aqui chegado, já estou a ouvir alguns comentários dos meus ainda leitores sobre a minha obsessão por K. E tenho de lhes dar razão! Não que seja obcecado mas que é um dos meus autores de referência, disso podem ter a certeza. E por falar em autores, aconselho vivamente que voltem ao meu texto editado em 02 de Janeiro de 2009 e, se possível, deliciem-se com as escolhas de livros que aí apresento. Verão (lerão) que são pequenas grandes pérolas que os ajudarão a enfrentar com um pouco mais de qualidade estes tempos de agrura e desencanto que estamos a viver. Ah! À referida lista acrescentem “Bomarzo”, de Manuel Lujica Lainez, e “As Vozes do Rio Pamano”, de Jaume Cabré. Imperdíveis!
E como a falta de assunto já está uma autêntica conversa fiada, por hoje é melhor ficar por aqui.

Sem assunto (versão reduzida):

Decisões pré-divórcio:
Ele: Estou farto! O melhor é o divórcio. Quanto à casa, e como é grande, dá para ficares com um lado e eu com outro. Escolhe!
Ela: Muito bem. Eu fico com o lado de dentro e tu ficas com o lado de fora!

(s.l., s.d.)

@Kar Luz Estrela

1 comentário:

Anónimo disse...

PELO BENFICA...
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